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sábado, 14 de abril de 2012

Paixão oculta

Ah! Minha cabrocha.
Se ocê adivinhasse,
o quanto eu lhe espio
por detrás das moitas
e dos pés de laranjeira
Hum! Minha adorada,
se ocê desconfiasse,
pelo menos um tiquinho,
me fazia feliz
pra essa vida inteira.

Mas eu fico de longe,
com ôio comprido,
vendo com os óios
e comendo com a testa.
Sonho contigo,
abraço a fronha,
acordo com uma vergonha,
e a tristeza me aperta.

Imagino ocê,
ser minha senhora,
nós dois se quentando,
num fogão de lenha.
Te oiando e piscando,
ocê sirrindo pra eu,
e no nosso rancho,
felicidade venha.

Mas como pode ser?
Se não tenho coragem,
de lhe contar,
o meu sentimento.
Meu peito rói,
lhe vejo uma santa,
vivo a lhe adorar,
minha paixão, meu alimento.


Mariano P. Sousa

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