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domingo, 30 de dezembro de 2012

Sem palavra, sem poesia...


Sem você, se eu vivo ainda não sei porquê.
Pois onde vou, se estou não quero ser.
Os ponteiro do relógio do meu ser
desgovernaram-se:
minutos são horas, passado é agora 
momentos que desmoronaram.

Na cor do meu céu, não brilham estrelas,
o que era linha reta,virou curva...
Sem sol, sem chuva
meu jardim murchou,
meu prato não tem mesa.

Já que não lhe vejo, meus olhos passeiam,
buscam numa curva da estrada
fantasiam-lhe nas horas de chegada,
nas belas nuvens que o sol clareia.

O doce que as palavras fixam,
o hálito de poesia
o assim ta bom e demais...
Sem você eu não soletro
não construo nenhuma palavra,
o sentido se desfaz.

Sem ação não há reação,
sem vida não há a morte,
sem espaço não percebes-se o além
e sem rumo, melhor ficar parado.
Sem sorte a vida é um fardo e assim
sem você eu sou ninguém.

Mariano P. Sousa