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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Uma década que se foi

Fleches de uma década que se foi,
torres gêmeas, tsunamis, furacões.
Haiti, Chile, Indonésia e seus terremotos,
não se traduz em belas canções.

Sem Sadam, sem Bin Laden, entre outros
que excluíram tantas vidas inocentes.
Que a próxima década seja de um bem viçoso,
e o mal não germine sementes.

Que as descobertas da ciência sejam usadas,
para o bem de maioria absoluta.
Que as ameaças de extinção seja pra maldade,
e o planeta respire sem labuta.

Abrindo-se as portas de corações,
que se fecharam para o lado humano
sem distinguir razões e emoções.


Mariano P. Sousa

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Menino brasil

Menino brasil,
é de canto, de raça, de luta e de teima.
Folclore, crença, sofrer e carência.
Menino brasil,
do desprezo com as cores esquecimentos e dores, separação oculta.
Menino infantil,
as vezes, esquece as raízes e busca onde nem tanto são as sabedorias.
Garoto alegria,
precisamos te explorar e mostrar para outros nossa sensibilidade Menino experto,
é Jorge é Amado, mostra todos os lados de paixões e amores, destino cachoeira, rios cascatas, coloridas matas de flores e primaveras.
Quero-te, estudado, compreendido, escrito em verdades, nuas e cruas.
Menino sabido.
nas crenças da mãe África, nas riquezas de detalhes, dos seus orixás Garoto afroreggae,
poetizando os sentimentos, na percussão marcante, nas cores em São Luiz.
Menino eu te quero, vivido, sentido na boca da maça, no coração do planeta.
Moleque atrevido.
precisam ser vistos e considerados.
Na bola de meia , de laranja, de pano, sem engano aí nascem os donos dela, que deitam, rolam e encantam o planeta.
Menino é preciso, que a sirene da fábrica, seja evidência de salário digno, que o ditado da corda, do lado mais fraco, altere esse gráfico em sua amplitude.
Menino caipira.
De pampas, mangues, pantanais, caatingas e cerrados.
Que os calos em tua mão, sejam vistos com respeito e assegurem direitos à terra merecida, que não te espantem do lugar de origem e o façam partir em busca de digna vida nas selvas de pedras.



Mariano0 P. Sousa

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um dia meu

O sabiá cantou na minha árvore,
mas, ainda é cedo!
Tento ver as horas, olhos embaçados,
não, não consigo ver ao certo, que horas são.
Espreguiço-me serro os dentes, o celular me surpreende,
com aquele toque...
Pulo da cama, cadê o chinelo?
- Com meus botões,
ta aqui, ta aqui!
Vou ao banheiro ainda meio sonolento, bocejando em frente ao espelho, meu rosto, quantas mudanças...!
Após o banho e vestir, saio na ponta dos pés, outros ainda estão dormindo.
Vou caminhando; oi, bom dia! Alguns vizinhos passam apressados, vou atravessar a avenida, o homenzinho do farol não fica verde, leva-me alguns minutos...
Aperto o passo, ah, um cafezinho na padaria! Forrar o estômago com um pãozinho de queijo...
Mais dois quarteirões, chego à empresa. Bom dia! Tudo bem? Olá! – Começo mais um dia de luta, que seja melhor que ontem.
O que está em andamento, o que tenho que começar?
Os indicadores, os produtos a dimensionar...
Telefone toca, solicitam minha presença; estou indo!
Reunião, atender um cliente.
Contato o cliente, problema resolvido, algumas horas já se foram.
Continuo em minhas tarefas, surgem algumas dúvidas, peço ajuda, esclareço e sigo meu dia.
Hora do almoço, o tempo também é curto, mas dá pra tirar uma soneca, recostado na cadeira.
Volto para a tarde, até que foi igual às demais.
Faço algumas anotações, tchau pessoal, até amanhã.
Volto pra casa, dou um cheiro na mulher e nos filhos, cada um, fala do seu dia e assim encerro a jornada.


Mariano P. Sousa