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terça-feira, 19 de julho de 2011

Caminho pro fundo

Eu queria fugir pra longe de mim,
mas o mundo me acha o tempo me encaixa,
os olhos procuram, mesmo no meio da noite, do nada.
Nada, não consigo me dizer nem dize a ninguém,
se minto com o que sinto.
Corro pra longe, me escondo, mas de mim não.
Pois estou ali na margem da dor, na escada horizontal
que leva ao início e tudo começa novamente.
Na hora, no momento que eu não queria que fosse assim.
A ficha caiu, o jogo não tem fim.
É mortal, mas a morte é demorada, a dor que ela carrega não dói só em mim.
Com essa dor eu firo outros que muitas vezes nem estão ai, não sentem o desabamento de vidas e vidas.
O curioso início de tudo parecia uma linda descoberta.
Uma expressão de liberdade, um planeta de cores, um caminho
que apenas depois das primeira curvas é percebido que a volta
é dolorida mesmo quando é possível ser pra casa.



Mariano P. Sousa

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